Orientação de Estudos – Vila da Linguagem

Os atendimentos que desenvolvo com foco na Orientação de Estudos na Vila da Linguagem têm como objetivos o desenvolvimento de estratégias de estudo ajustadas às necessidades das crianças e dos adolescentes; a promoção da autonomia e de sentimentos de autoconfiança; e a satisfação no processo de construção do conhecimento. 

O ponto de partida é a compreensão da rotina e das características da criança e do adolescente, bem como a construção de um sentido e um propósito para o estudo.

As intervenções são planejadas de modo a contribuir para o desenvolvimento da capacidade de refletir sobre o processo de aprendizagem de modo que aprendam a ajustar as estratégias aos objetivos a serem alcançados.

Busca-se oferecer condições para que a criança e o adolescente possam:

  • Analisar sua rotina e compreender suas próprias necessidades e as exigências escolares;
  • Identificar e analisar o que sabe e o que necessita aprender;
  • Identificar os fatores que influenciam a aprendizagem;
  • Organizar seus horários, material escolar e o ambiente de estudo;
  • Organizar-se no tempo disponível, conciliando as tarefas e os momentos de estudo com as outras atividades de interesse e o tempo de descanso;
  • Organizar, planejar e desenvolver planos de estudo; 
  • Selecionar estratégias para realizar suas atividades ou os trabalhos propostos;
  • Analisar continuamente os procedimentos utilizados;
  • Valorizar o conhecimento escolar e seu desenvolvimento intelectual;
  • Experimentar satisfação com o próprio esforço. 

Os encontros são semanais, com 60 minutos de duração. O período de acompanhamento será variável, de acordo com as necessidades da criança e do adolescente.

Visite o site da Vila da Linguagem!

Endereço: Rua Dom João Nery, 232 – Vila Rezende, Piracicaba, SP

Contato: 19  99612-4442

Andragogia: o que é e qual sua relação com a Educação Corporativa?

Contribuição para o Pecege Educação Corporativa:

A Andragogia, termo que vem ganhando destaque na Educação Corporativa, costuma ser definida como uma teoria ou modelo de educação voltado à educação de adultos tendo em vista facilitar seu aprendizado.

Este termo se tornou amplamente conhecido a partir das contribuições de Malcolm Knowles, educador norte-americano que, na década de 60, definiu a andragogia como a “a arte e ciência de ajudar os adultos a aprender”.

Mais recentemente, a preocupação com a educação continuada (ou lifelong learning) colocou a educação de adultos no foco de atenção das organizações e a andragogia passou a ser referência para a sistematização de metodologias ajustadas a essa etapa de vida do indivíduo.

O princípio básico da educação de adultos é que a aprendizagem do adulto tem algumas especificidades. Quais seriam essas especificidades?

É preciso considerar que o adulto é marcado por um conjunto de vivências e de uma experiência profissional que orienta o seu processo de formação. Isso significa que o investimento do adulto-profissional na formação tem uma intencionalidade. A expectativa do profissional, na maior parte dos casos, é trabalhar em torno da resolução de problemas. Sendo assim, não é esperado da formação simplesmente “ensinar determinados conteúdos”, mas oferecer oportunidades para o profissional analisar os dilemas da prática e reelaborar conhecimentos produzidos no contexto da própria ação. Isso faz da formação um recurso estratégico que pressupõe desenvolver conhecimentos teóricos e técnicos a serem mobilizados em situações concretas.

Como toda teoria, a Andragogia está organizada a partir de alguns pressupostos. De acordo com Knowles, são seis pressupostos a se considerar:

  • A necessidade de conhecer: O adulto precisa saber por que precisa aprender algo e como o conhecimento a adquirir poderá ajudá-lo a resolver problemas. É fato que não se pode pensar estritamente no caráter utilitário e aplicado do conhecimento, uma vez que se sabe que um repertório de conhecimentos amplo (cultura geral) é fundamental para ampliar a capacidade de leitura da realidade e para estabelecer relações entre as diferentes situações. O que se enfatiza, na perspectiva da andragogia, é que a necessidade de conhecer pressupõe que o profissional reconheça as contribuições daquele conhecimento ou experiência.
  • O papel da experiência: Parte-se do pressuposto que a experiência do adulto pode ser um rico recurso para promover a aprendizagem através de um conjunto de métodos ativos e experienciais. A experiência é o conhecimento construído no contexto da ação. É esse tipo de conhecimento que organiza, inclusive, o pensamento do profissional, validando (ou não) novos conhecimentos, práticas e situações.
  • Autoconceito: O autoconceito, na andragogia, se refere ao sujeito auto-direcionado, isto é, àquele adulto que se reconhece como responsável pela construção de seu percurso de aprendizagem e pelas suas próprias decisões. Na educação do adulto o estudo passa a estar baseado numa lógica autodiretiva, em que o papel do educador ou mediador é criar experiências de aprendizagem significativas e estimular a autonomia.
  • Prontidão para aprender: Partindo da ideia de que os adultos aprenderão aquilo que tiverem necessidade de saber, sua prontidão, ou seja, sua disposição para aprender é dependente do meio e de seu conjunto de tarefas e desafios. A formação, portanto, deve estar dirigida às suas necessidades reais.
  • Orientação para a aprendizagem: No modelo andragógico a orientação da aprendizagem do adulto, o foco de seu direcionamento, é a contribuição para a resolução de problemas profissionais a curto prazo. Seus interesses, portanto, estão relacionados com seu desempenho, o que justifica seu investimento no desenvolvimento de habilidades e competências necessárias à melhoria de sua prática profisisonal.
  • Motivação: Muito embora a prontidão e a orientação para a aprendizagem dependam do meio e dos desafios e problemas do mundo do trabalho, bem como de expectativas de reconhecimento, promoções etc., a motivação é interna. A mobilização interna é que garante o engajamento nas atividades formativas e a sustentação do interesse.

A Educação Corporativa, que tem papel estratégico no alcance dos resultados da organização, deve se orientar, ao propor as ações educacionais, nas necessidades formativas de seus colaboradores de modo que o planejamento das ações leve em conta as características da formação de adultos.

O diagnóstico das necessidades formativas, etapa indispensável e coerente com os pressupostos do modelo andragógico, precisa orientar a formulação dos objetivos e desenho dos planos de aprendizagem para que o desenvolvimento da proposta formativa atenda, de fato, as expectativas do indivíduo e da organização.

Disponível em: Linkedin Pecege Educação Corporativa

O que aprendemos quando aprendemos?

Esta é uma pergunta que merece a atenção de professoras/es e pais. A partir dos estudos da Pedagogia e da Psicologia sabemos que para aprender é necessária uma mobilização cognitiva desencadeada por um interesse ou necessidade e uma mediação que ajude a construir sentido para o objeto ou situação de conhecimento.

Isabel Solé, professora e pesquisadora espanhola, explica que nesse processo complexo intervém diferentes aspectos do tipo afetivo-relacionais que interferem na construção do conceito que a criança/adolescente tem de si (autoconceito). Isso significa que ao mesmo tempo em que a criança/adolescente aprende, ela/ele está construindo a forma como se vê, percebe o mundo e se relaciona com ele.

A partir dessas interações com os conteúdos, colegas, professoras/es e outros parceiros significativos, a criança/adolescente aprende os conteúdos e também aprende que pode e é capaz de aprender, construindo uma imagem positiva de si mesma. O que contribui com a construção do autoconceito? Um ambiente seguro e amoroso em que a criança/adolescente não teme o erro; compreensão e valorização de seu ponto de vista; intervenção sensível que aponte caminhos e outras formas de pensar sem desqualificar o que ela/ele diz e pensa.

É importante ajudar a criança/adolescente a atribuir sentido para as tarefas escolares esclarecendo o que é para fazer e qual o objetivo da proposta; partir daquilo que ela/ele sabe; colocar desafios ao seu alcance para que confie em suas possibilidades; garantir que possa mostrar-se progressivamente autônoma/o; valorizar seus esforços. A elaboração do conhecimento exige disponibilidade, esforço e envolvimento, mas demanda tempo, incentivo e afeto.

Para aprofundar a discussão, não deixe de ler o capítulo “Disponibilidade para a aprendizagem e sentido para a aprendizagem, de Isabel Solé, publicado no livro “O construtivismo na sala de aula”, organizado por César Coll e colaboradores (Ed. Ática).

Retorno às aulas e novos desafios?

No último dia 11/11 estive com os colegas da Rede Municipal de Educação de Bauru para dialogar sobre como construir caminhos para ensinar no contexto da pandemia. O evento foi organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Docência para a Educação Básica, da UNESP, e coordenado pela Profa. Dra. Maria José da Silva Fernandes.

Questionamos: Quais perguntas nos fazemos nesse retorno às aulas presenciais?

Levantamos algumas questões:

  • Como mobilizar a disponibilidade para a aprendizagem?
  • Como promover as melhores condições de aprendizagem?
  • Como ajustar as propostas às necessidades de aprendizagem dos estudantes?
  • Como articular os conteúdos escolares ao repertório dos estudantes?
  • Como lidar com os diferentes ritmos de aprendizagem?
  • Como atender as diversidades na sala de aula?
  • Como garantir que as crianças se tornem progressivamente autônomas?
  • Como garantir que todos os estudantes aprendam?
  • Afinal, qual o sentido da escola para os estudantes? E do nosso trabalho?

Refletimos, ao final, que essas perguntas são as mesmas que nos fazemos nos diversos contextos quando nos propomos a um ensino ajustado às necessidades de aprendizagem dos estudantes.

Embora possamos considerar o contexto do retorno às aulas mais difícil em função do que herdamos do período de afastamento da escola, as (velhas ou novas?) perguntas são as que devem orientar nosso trabalho a favor da aprendizagem de todos.

O link do encontro está disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=D4DROQs0ro0&t=2103s

Currículo, PPP e mediação pedagógica na sala de aula

Entre os dias 8 e 12 de novembro foi realizada a Semana da Educação do Município de São Bernardo do Campo – 2021. Estive no evento junto aos educadores da rede e convidados para conversar sobre “Currículo, PPP e mediação pedagógica na sala de aula”.

Destaquei que o currículo não deve ser pensado como uma lista de conteúdos a ensinar, mas como um itinerário de formação, um conjunto de aprendizagens que, por serem consideradas importantes num dado tempo e contexto, cabe à escola desenvolver. Quando falamos de currículo estamos nos referindo a um projeto de educação em torno do conhecimento.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é a referência nacional para a formulação dos currículos dos sistemas e das redes escolares dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. A BNCC não é, portanto, o currículo das redes e escolas.

Conversamos sobre os desafios de, em diálogo com a BNCC, construir as propostas curriculares das redes de ensino e o projetos político-pedagógicos (PPP) das escolas de modo a orientar as necessárias mediações pedagógicas dos professores em sala de aula.

A palestra pode ser acessada no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=38-F0yvpyMo

Docência no ensino superior

Fui convidada para participar do Programa Conexão, promovido pela Pró-reitoria de Graduação da UTFPR,  para discutir sobre a formação do professor universitário, a dimensão pedagógica do trabalho docente e as principais questões/dilemas da prática pedagógica universitária.

Gosto muito dessa temática que nos obriga a questionar: A pós-graduação, ao formar mestres e doutores, os qualifica para a docência? As competências próprias de um pesquisador são suficientes para a atividade como professor? Quem sabe fazer e tem domínio de conhecimentos específicos sabe ensinar? Professores universitários precisam se preocupar com pedagogia?

A perspectiva da docência se estrutura sobre saberes próprios, intrínsecos à sua natureza e a seus objetivos, o que confere uma condição profissional para a atividade de professor (CUNHA, 2010).

Sim, a docência na universidade envolve, além dos conhecimentos específicos da área, conhecimentos pedagógicos de como planejar e conduzir o processo de ensino e aprendizagem, isto é, saber explicitar objetivos, organizar e selecionar conteúdos, compreender as necessidades dos alunos, definir metodologias e acompanhar a aprendizagem.

Cada área exige formas de ensinar e aprender específicas e cada conteúdo, porque contém uma determinada lógica, pressupõe uma forma específica de percepção, pensamento, reelaboração e ação.

A conversa será transmitida pelo canal da UTFPR no Youtube no dia 26/10, às 14h: https://www.youtube.com/watch?v=UV-wFEmqT2M

Formação em Diadema/SP

Comecei neste mês de outubro a formação de coordenadores pedagógicos, diretores e vice- diretores da rede municipal de Diadema. A proposta é refletirmos sobre as funções da equipe gestora e seu compromisso com a articulação do projeto político-pedagógico participativo (PPPP).

A rede compreende que o PPPP, enquanto norteador da ação do coletivo da escola, tem como diretriz principal a democratização da gestão e o fortalecimento do compromisso coletivo com o serviço público que a escola presta à comunidade do território e da cidade.

Sendo assim, a formação continuada dos gestores ocupa lugar privilegiado no planejamento das ações da Secretaria uma vez que valoriza o PPPP como expressão da participação popular, como forma de promover os direitos de aprendizagem e dar unidade às ações singulares que ocorrem em cada território.

Aprendizagem ao longo da vida

Ontem, 16/09, tive a oportunidade de participar de um Webinar promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos com patrocínio da Educação Corporativa Pecege.

O tema Lifelong Learning ou Aprendizagem ao Longo da Vida tem sido debatido pelas organizações e pela área de Gestão de Pessoas nos últimos anos. Entre nós, educadores, essa perspectiva já está consolidada desde o final da década de 60, quando o professor Paulo Freire discutia em suas obras a ideia de educação permanente: “Onde há vida, há inacabamento”.

A perspectiva da educação permanente se coloca como um princípio reorganizador de todo o processo educativo e tem como ponto de referência central a emergência da pessoa como sujeito da formação, tendo como base três pressupostos principais: o da continuidade do processo educativo, o da sua diversidade e o da sua globalidade.

As organizações comprometidas com o desenvolvimento dos profissionais reconhecem que parte importante da formação acontece no contexto de trabalho e que a elas cabe promover oportunidades de aprendizagem diversificadas.

Para quem quiser assistir, o Webinar está disponível no YouTube:  https://youtu.be/x5OSvO1CmqQ

Formação de professores/as da Diretoria de Ensino de Piracicaba (29/09)

No próximo dia 29/09 farei uma formação para os professores e professoras da área de Linguagens da Diretoria de Ensino de Piracicaba. O tema é bastante complexo: discutir os impactos da pandemia na aprendizagem dos estudantes.

Preparando essa intervenção, me deparo com o estudo “Cenário da Exclusão Escolar no Brasil – um alerta sobre os impactos da pandemia da Covid-19 na Educação”, lançado em abril de 2021 pelo UNICEF em parceria com o CENPEC Educação.

Segundo o estudo, em novembro de 2020, com escolas fechadas em razão da pandemia, quase 1,5 milhão de crianças e adolescentes em idade escolar não tiveram acesso a aulas (remotas ou presenciais). A eles se somam outros 3,7 milhões que estavam matriculados, mas não tiveram acesso a atividades escolares e não conseguiram se manter aprendendo em casa. No total, mais de 5 milhões de meninas e meninos não tiveram acesso à educação no Brasil.

Os desafios para superar esse quadro são enormes. Só mesmo reunindo muitos professores para pensarmos juntos em alternativas para garantir o direito de aprendizagens desses estudantes.

A pesquisa na íntegra pode ser lida abaixo:

Link do encontro com os/as professores/as: https://www.youtube.com/watch?v=VNLnLYvxJmM

Formação para coordenadores/as pedagógicos/as

Minha tese, defendida em 2006, tratou da formação centrada na escola e da função do/a coordenador/a pedagógico/a como formador/a de professores/as. De lá para cá pude ampliar minhas leituras, participar de inúmeras bancas de defesa de dissertações e teses com foco na coordenação, mediar muitos encontros formativos e dialogar com muitos colegas que estão nessa função.

Enquanto organizava este curso a ser oferecido na Vila da Linguagem, lia uma dissertação para qualificação na UNESP/Araraquara. A pesquisa trata, entre outros aspectos, da formação continuada de coordenadores/as de um município paulista. Os profissionais entrevistados relatam que, além de não receberem formação para sua atuação no Centro de Formação da Secretaria de Educação, não encontram muitos cursos voltados à prática da coordenação pedagógica em outros espaços e contextos.

A formação de coordenadores/as como formadores/as de professores/as e articuladores/as do trabalho coletivo nas escolas pressupõe oportunidades de encontro e troca de experiências com seus pares, alimentados por leituras teóricas e problematizações sobre a prática.

Fica o convite para aqueles/as que estão e/ou desejam ocupar essa função. O link para inscrições é: https://viladalinguagem.com.br/nossas-especialidades/grupos-de-formacao/agenda/